Não só como opção diversão das situações ou personagens que criam para avacalhar seja qual for o envento, mas também por um fator que acho ainda mais interessante: no programa, todo entrevistado (querendo não o ser) é igual a todos nós. Como assim? Sim, todos são colocados na mesma baciada, lá ninguém é melhor que ninguém.
Esses dias mesmo, rachei ao ver 'Ronaldo Esperman' aloprar Antônio Abujamra, sim aquele do "Provocações", da TV Cultura, muito sério e nada simpático, Antônio fez carão, e depois é surpreendido pela nova mania: "PEITINHO". HAHA. Ótimo!
Muita gente se acha intocável, acima das criticas, apenas muito receptivo a elogios e 'rasgações de seda' e, quando vem um bando de caras-de-pau zoar, azucrianar e até mesmo desdenhar o que pra muita gente é de extrema relevância, a coisa fica, pelo menos pra mim, mais interessante.
Em um dos programs mais recentes, o CQC foi cobrir a estréia do filme do Matheus... (procurando no Google). Ahh sim, Matheus Nachtergaele. Entrevistados eram chamados a dar sua opinião em relação ao filme, que muitos disseram ser complexo. Engasgaram, enrolaram, desconversaram. Por fim, que ninguém soube responder lhufas, nem o próprio Matheus. Lógico que ninguém iria criticar, geral não entendeu n-a-d-a. Contudo, não perderam a pose, era uma mostra cinematográfica importante, relevante, cult...Ahh! Dá licença, né?
Um detalhe que se nota em muitos desses eventos, é o quão hipócrita, mais da metade dos convidados e participantes dos mesmos são. O que importa é estar ali, mesmo que não conheça-se de arte, teatro, cinema ou qualquer outra manifestação artística. É tanto 'arroz de festa', que dava pra matar a fome brasileira.
E quando o assunto é pentelhar na política, o negócio fica ainda melhor. É o festival "João Plenário": todo mundo fala, fala, fala, e num fala nada. Desconhecem os assuntos e problemas em relacão ao território ao qual se candidatam a algum cargo. Leis, notícias atuais, conhecimentos gerais, são jogados pra escanteio. Mas não é de hoje que estamos cientes disso.
Os caras do Pânico e CQC, já trocaram idéia com Juliane Moore, Tom Cruise, Silvester Stalone, entraram no Oscar. Azucrinaram Caetano, Vanessa da Matta, Carolina Dickeman, o Luxembrugo, Dunga , Clô, Jô, nosso querido presidente Lula e por aí vai...Sem pudor, sem vergonha e, o mais importate e relevante ( de fato): sem querer parecer o que não são.
Status não é nada. Já disse alguém: "Status é querer parecer o que não se é, em locais que você não quer ir e conversar com pessoas que você não gosta". Não é bem isso, mas a idéia é a mesma!
